A constante evolução da tecnologia e do mercado financeiro vem fazendo as pessoas buscarem cada vez mais novas maneiras de investir, fugindo dos produtos tradicionais oferecidos por bancos e corretoras. E um dos “novos” investimentos que vêm ganhando força é o investimento em startups.
Esse tipo de investimento não é tão recente assim. Antes era muito mais utilizado por fundos de investimento. Porém, com a popularização das startups nos últimos anos, o mercado também ganhou apelo entre investidores de pequeno e médio porte.
Mas, afinal, o que são startups, como investir nelas e quais são os seus riscos e oportunidades? Confira a seguir.
O que são startups?
Startups são empresas que buscam desenvolver modelos de negócios ou produtos inovadores, com alto potencial de crescimento. Elas costumam atender, normalmente, às necessidades de segmentos específicos, com foco em soluções de alta tecnologia e que possam ser escaláveis em larga escala.
Uma das principais características das startups é a busca por financiamento em seus estágios iniciais, a fim de viabilizar o desenvolvimento do seu produto ou serviço, além de sua entrada no mercado. Esses investimentos são feitos de diversas maneiras, dos quais vamos explorar logo abaixo.
Outra característica importante dessas empresas é que, geralmente, elas possuem uma equipe pequena e flexível, com o objetivo de crescer rapidamente para ganhar vantagem competitiva no mercado em que atuam.
Assim, as startups acabam sendo reconhecidas por sua agilidade e capacidade de adaptação às mudanças de mercado, o que lhes permite competir de igual para igual com empresas tradicionais já consolidadas.
No entanto, é importante ressaltar que investir em startups possui seus riscos, já que muitas delas acabam não conseguindo emplacar suas ideias ou modelos de negócio. Por isso, é essencial fazer uma análise profunda do negócio e da equipe de gestão antes de decidir se vale a pena investir 1ou não.
Como investir em startups no Brasil?
Por mais que grande parte das pessoas não tenha ideia, há várias formas de investir em startups no Brasil. As principais são:
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Aceleradoras de startups: são empresas que oferecem programas de aceleração para startups que estão em fase inicial, com o objetivo de ajudá-las a crescerem mais rapidamente e se tornarem viáveis para se investir. Conhecidas também por incubadoras, as aceleradoras possuem programas que geralmente incluem mentoria, networking e, em alguns casos, investimentos diretos de pequeno a médio porte.
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Investidor-anjo: pessoa física que investe capital próprio em startups em troca de uma participação no negócio. Ele geralmente tem uma atuação mais próxima da empresa, auxiliando os empreendedores com sua experiência e network.
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Investimento-semente: também conhecido como seed money, é similar ao investimento-anjo, mas com foco em fundos de investimento em grupos. Assim, a ideia é arrecadar mais recursos para financiar as startups, mas o custo individual pode ser mais baixo, dependendo da quantidade de investidores no grupo. Isso acaba diminuindo o risco para cada investidor. Normalmente, neste tipo de captação, o investidor não costuma atuar ativamente junto à gestão da startup.
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Plataformas de crowdfunding: são plataformas on-line que permitem que pessoas físicas invistam pequenas quantias em startups em troca de uma participação no negócio. Essas plataformas se tornaram mais populares nos últimos anos e podem ser uma boa opção para investidores iniciantes.
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Fundos de venture capital: são fundos de investimento que aplicam recursos em empresas em estágio inicial de desenvolvimento, geralmente com uma visão de longo prazo. Esses fundos têm um perfil mais profissional e podem investir quantias significativas em uma única empresa.
Riscos e oportunidades
Investir em startups no Brasil pode oferecer grandes oportunidades de retorno financeiro, mas também envolve riscos significativos. Conheça alguns dos principais riscos e oportunidades de investir em startups brasileiras.
Começando pelos riscos, são:
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Modelo de negócio: muitas startups falham porque não conseguem encontrar um modelo de negócio sustentável, mesmo que ele seja promissor.
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Falta de experiência: assim como em qualquer empresa, empreendedores inexperientes podem cometer erros que podem levar ao fracasso do próprio negócio.
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Concorrência: o mercado de startups no Brasil é bastante competitivo, com muitas empresas lutando pela atenção dos investidores e dos clientes. Assim, escolher bons negócios se torna uma tarefa mais complicada, mas totalmente possível.
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Captação de recursos: a concorrência faz com que as startups possam ter dificuldades em levantar capital necessário para desenvolver sua atividade, o que pode limitar o crescimento e até mesmo a existência da empresa.
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Regulamentação: algumas startups enfrentam obstáculos regulatórios que podem dificultar seu desenvolvimento.
Agora, olhando para as oportunidades:
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Potencial de retorno: as startups podem oferecer retornos significativamente maiores do que investimentos tradicionais, especialmente se a empresa for bem-sucedida.
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Inovação: as startups muitas vezes têm ideias e soluções inovadoras que podem transformar o mercado.
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Crescimento rápido: muitas startups têm a capacidade de crescer rapidamente e expandir para novos mercados, atraindo cada vez mais clientes.
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Participação ativa na empresa: investir em startups pode permitir que o investidor tenha uma participação ativa no desenvolvimento da empresa, auxiliando os empreendedores com sua experiência e rede de contatos.
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Diversificação: investir em startups pode oferecer uma forma de diversificar a carteira de investimentos, principalmente para quem busca investimentos com um risco um pouco mais alto, mas com ótimas perspectivas de retorno.
Em resumo, investir em startups no Brasil pode ser uma excelente oportunidade para investidores que estão dispostos a assumir riscos, mas é fundamental fazer uma análise cuidadosa do negócio e dos empreendedores antes de investir.
E como investir em startups nos Estados Unidos?
Já se você deseja investir em startups nos Estados Unidos, existem algumas opções que podem ser consideradas, tais como:
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Investir através de plataformas de crowdfunding de investimento em startups, como a SeedInvest, StartEngine, AngelList, entre outras. Essas plataformas permitem que investidores de vários países, incluindo o Brasil, invistam em startups americanas, geralmente por meio de uma oferta pública de ações ou outros valores mobiliários.
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Investir através de fundos de venture capital internacionais que investem em startups americanas. Esses fundos podem ser gerenciados por empresas de gestão de investimentos nos Estados Unidos ou em outros países.
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Participar de programas de aceleração de startups nos Estados Unidos, como a Y Combinator, que é considerada uma das mais prestigiadas aceleradoras de startups mundiais.
É importante lembrar que, assim como no Brasil, investir em startups nos Estados Unidos envolve riscos e pode exigir um conhecimento mais aprofundado do mercado americano. Além disso, é recomendável consultar especialistas em investimentos internacionais para obter orientação e apoio em todo o processo de investimento.
Ou seja, se você está pensando em investir em startups no Brasil ou nos Estados Unidos, lembre-se de que é uma forma de aplicar dinheiro em empresas com potencial de crescimento e alto grau de inovação. No entanto, realizar esses investimentos também envolve riscos que devem ser analisados.
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