Se você está se pergutando o que é FGC, esse artigo vai te ajudar. Confira abaixo!
A renda fixa conta com mecanismos que ajudam a aumentar a proteção de certos investimentos. Entre eles, está o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) — uma das principais entidades do mercado financeiro.
Ao conhecer como funciona o FGC e como ele se estrutura, você pode determinar como ele oferece proteção para o seu investimento. Desse modo, é possível planejar e colocar sua estratégia em prática.
Na sequência, descubra o que é o Fundo Garantidor de Créditos e entenda como ele funciona!
O que é o Fundo Garantidor de Créditos?
O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma entidade sem fins lucrativos que atua no mercado financeiro desde a década de 1990. Ele tem como principal objetivo proteger clientes e investidores de possíveis quebras de instituições financeiras.
Sua criação ocorreu para garantir mais estabilidade e segurança ao mercado. Desse modo, ele busca criar um ambiente mais saudável e propício aos investimentos.
Como ele protege seus investimentos?
A principal função do FGC é oferecer proteção para quem faz certos tipos de investimento da renda fixa. Caso o emissor tenha problemas para realizar o pagamento do rendimento conforme o acordado, o fundo faz a devolução dos recursos aplicados mais os juros, dentro do limite.
Portanto, ele serve para proteger seu investimento por impedir que você sofra calotes dos títulos que contem com a cobertura. Assim, é possível ter mais confiança e segurança ao investir nessas alternativas.
Como o Fundo Garantidor de Créditos funciona?
Para cumprir os objetivos, o funcionamento do FGC começa com as instituições participantes. A adesão à instituição é obrigatória para ter autorização para atuar no mercado financeiro brasileiro e emitir diversos títulos.
Assim, cada instituição contribui com um pequeno percentual do faturamento mensal. Os recursos servem para formar a reserva acumulada, a qual é acionada em caso de falência de uma instituição e necessidade de ressarcimento.
O objetivo é que o FGC tenha uma reserva de, no mínimo, 2% de todo o capital que está sujeito à cobertura. Assim, todo o sistema fica mais protegido, pois há um estímulo para que os investidores aproveitem as oportunidades de investimento cobertas pelo fundo.
Quais instituições participam do FGC?
Como você viu, o FGC é composto por diversas instituições financeiras do Brasil. Na prática, a maior parte das empresas do segmento é obrigada a se associar. Entre elas, estão:
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bancos múltiplos;
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bancos de investimento;
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bancos comerciais;
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bancos de desenvolvimento;
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associações de poupança e de empréstimo;
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sociedades de crédito, financiamento e investimento.
Quais são os limites da cobertura?
Também é importante conhecer qual é o limite de proteção previsto para um investimento coberto pelo FGC. O valor é de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, já com os juros inclusos. Além disso, existe um limite global de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos.
Portanto, se você quiser investir acima do limite de cobertura, vale a pena dividir o dinheiro em mais de uma instituição. Assim, é possível ampliar a proteção do seu patrimônio alocado nos títulos protegidos pelo FGC.
Vale destacar que, com a evolução do patrimônio do FGC, existem chances de que esse limite aumente com o tempo. Ele já foi de R$ 20 mil, mas teve ampliação até o valor de R$ 250 mil devido ao crescimento mercado.
Quais investimentos estão inclusos no FGC?
Depois de saber o que significa o FGC e algumas de suas regras, é importante entender o que é garantido pelo fundo. Os principais investimentos protegidos são:
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caderneta de poupança;
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certificado de depósito bancário (CDB);
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letra de crédito imobiliário (LCI);
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letra de crédito do agronegócio (LCA);
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letra de câmbio (LC);
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letra hipotecária (LH).
Além disso, os depósitos em conta corrente são incluídos na cobertura. Logo, se você tiver dinheiro na conta de um banco e ele por algum motivo quebrar, o FGC fará a devolução dentro dos limites definidos.
Como obter o ressarcimento do Fundo Garantidor de Créditos?
Outra dúvida comum sobre o assunto se refere aos processos para receber o ressarcimento de valores. Caso uma instituição emissora de um investimento da sua carteira vier à falência, o processo de reembolso ocorre de maneira automática.
Assim que é comunicada a incapacidade de cumprir as condições dos títulos emitidos, há a atuação de um liquidante. Esse profissional mapeia todas as contas, os usuários e os valores devidos, de acordo com as aplicações feitas e os rendimentos obtidos, observando o teto definido.
Após o processo de análise e liberação, o FGC poderá entrar em contato com você. Nesse caso, é preciso realizar a liberação de recursos, como ao comparecer a uma agência designada.
Quais os riscos de investir sem cobertura do FGC?
Como você viu, o FGC cobre grande parte dos títulos de renda fixa, mas não é aplicável a todas as alternativas. Confira algumas das opções de investimento sem proteção:
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letras financeiras;
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certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs);
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debêntures;
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fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs).
Porém, ao decidir investir em uma alternativa desse tipo, é possível aproveitar uma rentabilidade maior que nos títulos mais seguros. Contudo, lembre-se de que o risco de crédito também é mais alto.
Portanto, é preciso avaliar essas questões para saber se a relação de risco e retorno faz sentido para o seu perfil de investidor e para os seus objetivos.
Por que analisar mesmo os investimentos cobertos pelo FGC?
Embora o FGC ofereça ressarcimento dos valores dos títulos cobertos, isso não significa que você deva ignorar a necessidade de analisar os investimentos. Mesmo com a proteção, é fundamental ter cuidado ao considerar os riscos do aporte.
Isso acontece porque, em média, o prazo de pagamento do FGC é de três meses. Nesse período, o seu dinheiro deixará de render. Em liquidações mais complexas, a demora pode ser maior, aumentando os impactos nos seus resultados.
Diante disso, o ideal é fazer escolhas para mitigar os riscos de o FGC ser acionado. Avalie criteriosamente o emissor e, se possível, utilize informações de rating. Com esse cuidado, há como saber se uma opção — mesmo sendo de renda fixa — faz sentido para a estratégia.
Agora você sabe o que é e como funciona o FGC e como ele protege seus investimentos de renda fixa. Dessa forma, é possível entender a importância de aproveitá-lo e de orientar suas decisões para aproveitar a cobertura que ele oferece, caso as alternativas se alinhem ao seu portfólio.
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