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O que é o CDI e por que comparar a carteira com esse benchmark?

O que é o CDI e por que comparar a carteira com esse benchmark?

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Na hora de investir, é importante buscar por índices de referências que permitam avaliar o desempenho de sua carteira de maneira realista. Por isso, vale a pena entender o que é o CDI — um dos indicadores mais utilizados no mercado financeiro.

A partir dele, você poderá comparar a performance de seus investimentos. Além disso, é possível usar o índice para buscar alternativas mais interessantes no mercado financeiro, conforme as suas necessidades e estratégias de alocação.

Quer saber mais? Acompanhe a leitura deste artigo para entender o que é o CDI e a importância de utilizá-lo para avaliar o desempenho de sua carteira!

O que é o CDI e como funciona?

A sigla CDI quer dizer Certificado de Depósito Interbancário. Esse termo está relacionado aos empréstimos que os bancos realizam entre si para que o caixa seja fechado no positivo todos os dias, como define o Banco Central (Bacen).

O objetivo dessa regra é proteger o mercado financeiro nacional, garantindo a estabilidade do sistema bancário. No entanto, dependendo das atividades realizadas no dia, o saldo de determinada instituição pode ficar desequilibrado em relação aos depósitos e saques. 

Nesse cenário, se o caixa termina o dia com saldo negativo, o banco pode fazer um empréstimo diário com outra instituição para cumprir a lei. Os juros aplicados nessas operações de crédito resultam na taxa DI — que ficou conhecida como CDI. 

Esse índice é calculado a partir da metodologia definida pela Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (Cetip) — que considera a média de juros pagos entre os bancos. Assim, os resultados são divulgados diariamente, mostrando a evolução do índice.

Qual a relação entre CDI e a taxa Selic?

Agora que você sabe o que é o CDI e como essa taxa funciona, é necessário entender a relação dela com a taxa básica de juros da economia nacional, a Selic. Afinal, esse é um índice bastante relevante para o mercado financeiro e, consequentemente, para os investidores.

A relação entre os dois indicadores é próxima, pois o CDI acompanha a Selic e seus movimentos. Isso acontece porque as operações entre os bancos são lastreadas em títulos públicos, como o Tesouro Selic.

Portanto, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) altera a Selic, o CDI passa pelo mesmo movimento. Mas os dois não têm necessariamente o mesmo valor — geralmente, o CDI é levemente menor.

Por que o CDI é utilizado como benchmark?

Como você notou, o CDI está relacionado aos empréstimos de um dia realizados entre diferentes bancos. Desse modo, não se trata de um investimento acessível para pessoas físicas. Apesar disso, é possível utilizá-lo como benchmark para sua carteira e suas escolhas no mercado financeiro. 

A prática é comum porque o CDI é próximo à taxa Selic, então esse retorno costuma ser utilizado como taxa livre de risco. Afinal, existem investimentos considerados seguros que entregam essa rentabilidade ao investidor — como diversos títulos da renda fixa. 

Logo, o CDI traz um parâmetro interessante para entender se ativos mais arriscados tem um potencial de retorno que compensa esses riscos. O índice também costuma ser utilizado como referência para avaliar o desempenho da carteira de modo geral, analisando a relação risco-retorno. 

Por fim, é comum que os fundos de investimentos tenham o CDI como benchmark, sendo que o veículo financeiro pode ter a intenção de acompanhá-lo ou superá-lo. Em todos os casos, a taxa DI pode ser usada para fins comparativos de desempenho, considerando os riscos envolvidos. 

Como utilizar a taxa CDI ao fazer investimentos?

Além de compreender como a taxa CDI é utilizada como benchmark, é preciso saber como você pode investir considerando esse índice. Como você aprendeu, o índice pode ser útil na renda fixa e variável, sendo usado como referência para analisar o desempenho de um investimento ou carteira. 

Há, ainda, a chance de considerar a taxa CDI para comparar classes diferentes de investimentos e avaliar o potencial de rentabilidade considerando a relação entre risco e retorno. Assim, você consegue definir se compensou ou não assumir determinados riscos, por exemplo.

Também existem alternativas de investimento que pagam um percentual dessa taxa. Por exemplo, é possível encontrar títulos de renda fixa que oferecem uma remuneração de 90%, 100% ou até mais que 100% do CDI. 

Quer conhecer investimentos que têm como objetivo superar esse índice ou comparar seus desempenhos a ele? Confira!

CDB

O certificado de depósito bancário (CDB) é emitido por instituições financeiras que buscam captar recursos para financiar suas operações. Em contrapartida, elas oferecem aos investidores uma taxa de juros sobre o montante aportado.

Existem diferentes tipos de rentabilidades no CDB. Quando ela é pós-fixada, a taxa costuma ser um percentual do CDI, variando conforme as características do título — como prazo e liquidez. Os CDBs são tributados pelo Imposto de Renda e têm a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

LCI e LCA

As letras de crédito imobiliário (LCIs) e do agronegócio (LCAs) são títulos que funcionam de forma semelhante ao CDB. Contudo, os recursos captados são direcionados aos respectivos setores. Outra diferença é que elas são isentas de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas.

Com relação ao retorno, os títulos pós-fixados costumam oferecer rendimentos definidos em um percentual do CDI.

CRI e CRA

Os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRA) são títulos de dívida privada emitidos por securitizadoras. Porém, do mesmo modo que acontece com as LCIs e LCAs, os recursos são direcionados ao setor de imóveis ou agro.

Esses títulos também são isentos de IR para pessoas físicas, mas apresentam maiores riscos. Isso porque eles não têm cobertura do FGC.  

Debêntures

As debêntures são mais uma alternativa de investimento que utiliza a taxa CDI como referência para sua rentabilidade pós-fixada. Nesse caso, trata-se de títulos emitidos por empresas com o intuito de captar recursos para viabilizar projetos.

Não há cobertura do FGC e as debêntures comuns são tributadas pelo IR. No entanto, existem debêntures incentivadas que são isentas de IR para pessoas físicas.

Você compreendeu o que é o CDI? Esse é um índice importante, pois é utilizado como taxa de retorno para diversos títulos de renda fixa. Ademais, ele é um benchmark comum nos fundos e pode ser utilizado como referência para analisar o desempenho da sua carteira ou tomar decisões de investimentos.

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