Investir fora do Brasil pode ser uma forma de diversificar a carteira, melhorar a relação entre risco e retorno e se proteger da alta do dólar. Nesse sentido, fazer investimentos nos Estados Unidos pode ser interessante para investidores que tenham necessidades que se alinham a essa estratégia.
Por ter uma economia mais forte e capaz de se recuperar mais rapidamente, os EUA atraem investidores de diversas partes do mundo. Assim, ao internacionalizar parte da sua carteira de investimentos, é possível aproveitar um mercado mais amplo, sólido e diversificado.
Quer entender se vale a pena fazer investimentos nos Estados Unidos? Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!
investimentos nos Estados Unidos: qual a importância da diversificação internacional?
O mercado nacional está sujeito a diversas oscilações nas cotações dos ativos nacionais. Isso acontece por muitos motivos, como questões políticas e econômicas. As variações observadas no preço do dólar, considerada a moeda mais forte do mundo, ajudam a entender a volatilidade brasileira.
Se o país passa por um momento de pessimismo econômico, a tendência dos investidores estrangeiros é vender seus investimentos em reais para comprar dólar. Com isso, há uma evasão de recursos do Brasil, o que faz o dólar aumentar no mercado interno.
Como consequência, a moeda brasileira sofre desvalorização. Para se proteger dessa situação, é possível diversificar a carteira com investimentos internacionais. Isso também pode ajudar a diluir o risco do portfólio.
Mesclar alternativas nacionais com opções de outros mercados também é uma forma de proteger parte da carteira contra a ação de outros fatores internos, como a inflação. Essa estratégia também pode ser útil para balancear os resultados obtidos.
Vale a pena investir nos EUA?
Como você viu, diversificar a carteira com investimentos em dólar é importante para proteger seu capital. Além disso, investir nos Estados Unidos pode valer a pena por diversos motivos. Por exemplo, a solidez do país e de sua economia é um dos grandes destaques desse mercado.
Confira alguns pontos fortes dos Estados Unidos em relação aos investimentos:
Diversas possibilidades de investimentos
O mercado norte-americano oferece inúmeras possibilidades de investimento. As duas maiores bolsas de valores do país, por exemplo, reúnem mais de 5 mil empresas, que pertencem a uma grande variedade de setores.
Já o setor de tecnologia dos Estados Unidos apresenta uma relevância internacional que o mercado brasileiro ainda não tem. Isso amplia o leque de opções para uma diversificação da carteira mais eficiente.
Acesso a grandes empresas mundiais
Fazer investimentos nos Estados Unidos permite alocar dinheiro em algumas das maiores empresas de capital aberto do mundo. Dessa forma, você pode participar dos resultados de diversas companhias com alto desempenho e reconhecimento mundial.
Alta liquidez
Além da variedade de investimentos e empresas, há outros números consideráveis. Nesse sentido, vale ressaltar que as bolsas de Nova York (NYSE) e a Nasdaq são as maiores do mundo. De acordo com os dados do dia 13 de janeiro de 2022, mais de US$ 290 bilhões foram negociados na Nasdaq.
Esse montante representa mais de 4 bilhões de ações. As informações atualizadas podem ser consultadas no próprio site da Nasdaq. Os dados mostram também que investir nos Estados Unidos significa aportar em um mercado muito movimentado.
Logo, a liquidez das operações é alta. Inclusive, a movimentação de valores diária de algumas empresas nos EUA é maior que a liquidez de toda a bolsa brasileira (B3) em um único dia.
Como fazer investimentos nos Estados Unidos pelo mercado brasileiro?
Depois de entender a importância de fazer investimentos nos Estados Unidos, é interessante conhecer as alternativas para dolarizar a carteira sem sair do Brasil. Existem diversas possibilidades disponíveis no mercado nacional.
Confira as principais:
ETFs
Também conhecidos como fundos de índice, os ETFs (exchange traded funds) são fundos de investimento que visam acompanhar ou replicar o desempenho de determinado indicador de referência.
O índice pode ser do mercado internacional, como é o caso dos ETFs que acompanham o S&P500. Esse indicador é composto pelas 500 principais ações das bolsas de valores norte-americanas. Dessa forma, o investidor pode se expor ao mercado estrangeiro e à outra moeda.
Outra característica dos ETFs é apresentar gestão profissional passiva. Logo, o objetivo do gestor é ficar próximo à performance do indicador, e não superá-la. Para participar dos resultados do fundo é necessário adquirir cotas. Elas são negociadas, em reais, na bolsa de valores brasileira.
BDRs
O BDR (brazilian depositary receipt) é um certificado de valores mobiliários que representa investimentos estrangeiros. Para serem negociados no Brasil, uma instituição depositária adquire os ativos no mercado internacional e cria certificados lastreados neles.
A alternativa é negociada na bolsa de valores e pode ser composta por ações de empresas com capital aberto no exterior, ETFs ou títulos de dívidas. Isso permite que os investidores brasileiros tenham acesso a esses investimentos de forma indireta, sem precisar acessar diretamente o mercado norte-americano.
Dessa forma, quem adquire BDRs pode aproveitar o desempenho de empresas reconhecidas internacionalmente. Entre elas, estão a Amazon (AMZO34), Netflix (NFLX34) e Apple (AAPL34). Ainda, é possível se expor a outros ativos, como títulos de dívida e ETFs do exterior.
Fundos de investimento
Os fundos internacionais são focados em operações com ativos do exterior. Para tanto, os gestores desses fundos de investimento montam o portfólio com foco em manter total ou grande participação em investimentos estrangeiros.
Em geral, são fundos de ações ou multimercados, que investem em ativos e produtos variados. Na prática, a carteira pode ser composta por ações, títulos e derivativos de mercados internacionais. Também existem fundos brasileiros ligados a REITs.
Apesar de serem empresas, os real estate investment trusts (REITs) funcionam como fundos imobiliários do mercado norte-americano. É possível encontrar fundos multimercados focados em ETFs ligados a um índice de REITs, por exemplo, ou que investem diretamente na aquisição desses ativos.
As cotas dos fundos internacionais podem ser adquiridas no Brasil, por meio de uma instituição financeira. Logo, não é preciso realizar transações com outras moedas nem enviar dinheiro para outro país para fazer o aporte.
Agora você sabe que existem múltiplas alternativas de investimentos nos Estados Unidos. Como é possível investir via mercado brasileiro, o processo se torna acessível para todos os investidores. Assim, há como elaborar uma estratégia adequada ao seu perfil e objetivos.
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